Em tempos da minha existência quis ser psicóloga. Tinha a mania que conseguia perceber as pessoas e, como tal, ajudá-las.
Depois, achei que estava mais vocacionada para o mundo dos negócios e decidi-me por Gestão de Recursos Humanos. Também aqui penso sempre em forma de ajudar as pessoas: neste caso, os trabalhadores!
Ora, depois de 27 anos de vida, 5 anos de licenciatura e outros tantos de experiência, acreditei que já perceberia bem atitudes e comportamentos em face delas! Bolas, não deveria ser assim???
Nada de mais errado. Efectivamente, as pessoas não param de nos surpreender! E por mais que, por momentos consiga racionalizar os porquês e chegar a conclusões, no fim, as respostas a que chego nem sempre são as que eu esperava. E porquê? Porque apesar de tudo continuo a acreditar que as pessoas são realmente boas e bem intencionadas. Calculismo é palavra que, emocionalmente, me custa a associar às pessoas que me rodeiam e por quem tenho respeito e admiração.
Todos os anos sou "convidada" a participar no processo de gestão, propondo objectivos pessoais para o ano que se inicia. Se no primeiro ano não consegui que nenhum fosse aceite, nos anos seguintes a coisa foi-se equilibrando.
Pois qual não é o meu espanto quando, este ano, venho a aperceber-me que uma proposta feita em tempos por mim, e negada, vem agora ser proposta, bem discretamente, pelo meu chefe!!!!
Ao que me pergunto: oi?
Não era pertinente há 2 anos mas é agora?
O contexto mudou e eu tou tão fora que nem me apercebi?
Ou trata-se apenas de uma questão de protagonismo?
É que não é a primeira vez que isto acontece. E da última, e porque não consigo ficar calada, levei com um "porque mudei de opinião".
Parece cena tirada de um daqueles filmes americanos! É impressionante como se associa pessoas de topo a um tiquinho de frieza e calculismo.
Vejo as personagens vencedoras desses filmes e desejo ser como eles: fantásticas, implacáveis, no topo, cheias de sucesso!
E depois pergunto-me: será que tenho i que é preciso? provavelmente a maioria das pessoas que me conhece diria que sim... mas... todos nós vestimos máscaras...
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