Há hábitos que se enraizam de tal modo que, a dada altura, já não sabemos se os fazemos por realmente queremos ou por mera rotina.
Desde pequena que o meu pequeno almoço sempre foi uma bela caneca de café com leite e torradas com manteiga. Venha quem vier, esteja onde estiver, faça chuva ou sol, todos os dias, aqueço o meu café e faço as minha torradas.
Mas hoje, quero outras coisas, já não me apetece todos os dias o mesmo. Mesmo que isso implique não saber se vou gostar ou não, se me vai dar o mesmo conforto que uma caneca de café quente ou a segurança de umas torradas que sabem sempre bem.
Decidi arriscar e mudei os meus hábitos - agora tenho mais variantes. Sumo de fruta e pão fresco com requeijão, ou um iogurte com cereiais acompanhado de fruta.
A verdade é que me tem sabido bem. E a cafeteira de café lá continua, à espera que a volte a chamar à minha vida.
Sei que gosto do café e das torradas, e hei-de gostar sempre, mas... todos os dias? É sempre igual, sabe sempre ao mesmo, não há novidade ali. Como ansiar sempre por um pequeno-almoço que não me traz surpresas?
Ainda assim, sinto falta do café... do café quente, que me dava o conforto e segurança de ser sempre igual, aquilo que eu espero e preciso: acordar.
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